CLERO, SALÁRIOS, HIERARQUIA, TÍTULOS E DONS 

A origem dos salários do Clero: Cipriano (200-258 d.C.) foi o primeiro escritor cristão a mencionar a prática de sustentar financeiramente o clero. Ele arrazoava que da mesma forma como os levitas foram sustentados pelo dízimo, assim também o clero cristão deveria ser sustentado pelo dízimo. Mas isso representa um pensamento equivocado. Hoje, o sistema levítico está eliminado

Somos todos sacerdotes agora. Então se um sacerdote demanda dízimo, todos os cristãos devem dizimar-se mutuamente! O pedido de Cipriano foi bem incomum naquele tempo. Tanto que não foi apoiado nem divulgado pelo povo cristão naquele momento, mas muito tempo depois. Além de Cipriano, nenhum escritor cristão antes de Constantino jamais utilizou referências do VT para recomendar o dízimo. Foi apenas no século IV, 300 anos depois de Cristo, que alguns líderes cristãos começaram a defender o dízimo como prática cristã para sustentar o clero. Mas isto não chegou a ser comum entre os cristãos até o século VIII.

O dízimo migrou do Estado para a Igreja. Na Europa Ocidental, exigir o dízimo da produção de alguém era cobrar o aluguel da terra que lhe era dada em arrendamento. Na medida em que a cobrança do aluguel de 10% era entregue à Igreja, esta aumentava sua quantidade de terras ao longo da Europa. Isto resultou em um novo significado relacionado a esta cobrança de 10%. Chegou a ser identificado com o dízimo levítico! Por conseguinte, o dízimo cristão como instituição foi baseado em uma fusão da prática do VT com a instituição pagã. Pelo século XVIII, o dízimo chegou a ser um requisito legal em muitas áreas da Europa Ocidental. Pelo fim do século X, a diferença do dízimo enquanto imposto de renda e mandamento moral apoiado no Antigo testamento havia desaparecido. O dízimo tornou-se obrigatório ao longo da Europa cristã. Em outras palavras, antes do século VIII, o dízimo era um ato de oferta voluntária. Mas pelo fim do século X, ele passou a ser uma exigência legal para sustentar a Igreja Estatal - exigida pelo clero e colocada em vigor pelas autoridades seculares!

Quanto aos salários do clero, os ministros não receberam salários durante os primeiros três séculos. Mas quando Constantino entrou em cena ele instituiu a prática de pagar um salário fixo ao clero dos fundos eclesiásticos e das tesourarias municipais e imperiais. Assim, pois, nasceu o salário do clero, uma prática daninha que não tem precedente no NT.

Como já citado na aula anterior, em Mateus 6:33 o Salvador promete: comida para comer, roupa para vestir e lugar para dormir. Só essas coisas e ponto final.

Em 1ª Coríntios 9 quando Paulo defende ajuda aos apóstolos (hoje chamado de missionários): comida para comer, roupa para vestir e lugar para dormir, ele faz isso usando um paralelo de como era no V.T. o trabalho dos levitas. Mesmo assim, ele disse que sempre trabalhou para não ser pesado a ninguém.

Na primeira carta ele faz essa defesa do seu apostolado, bem como de Barbabé e outros emissários. Parece que a Igreja que se reunia em Corinto deturpou suas palavras, sendo necessário ele escrever a segunda carta, e no capítulo onze ele exortou severamente: chamou os obreiros de fraudulentos, ladrões, mercenários, que tinham interpretado sua carta de forma interesseira afim de vender o evangelho. Ele deixa claro que sempre trabalhou na construção de tendas, e que apenas duas vezes recebeu ajuda. Uma delas está em Filipenses 4:11 e 12, onde ele relata que passou fome e necessidades, mas que ele podia passar todas essas coisas pois o Messias o fortalecia. A Igreja fez uma coleta e o ajudou porque se não Paulo iria morrer de fome.

Ainda em 2ª Coríntios 11 ele compara os obreiros que comercializam a fé (hoje com direitos autorais, cobrando para cantar, para pregar mensagens esvaídas de evangelho, e cheias de avareza e adulterações) a Satan, que se passa por anjo de luz, ou seja, parecem obreiros bonzinhos, parecem bons irmãos, mas são lobos vorazes como disse o Messias em João 10.

Entretanto no final do capítulo Paulo não julga a salvação dos tais, dizendo que o fim deles será conforme suas obras.

Em Lucas 10, quando o Salvador diz para sairem de dois em dois, ele deixa claro que:

- não é para levar bolsa ou alforge (não armazenar nada material)

- não é para pedir nada a ninguém, apenas aceitar o que oferecem

- digno é o obreiro (trabalhador do Evangelho) do seu sustento (repito: sustento não é salário, é comida para comer... você já sabe)

Mas antes dos salários, vem o clero, a nata eclesiástica, certo?

Em Apocalipse Adonai deixa claro que abomina o nicolaísmo.

Nicolaísmo nada tem a ver com Nicolau, mas etimologicamente ela vem de dois subradicais: "Nico" significa conquistar ou dominar em grego e "laíta" significa pessoas ou povo; daí, a palavra pode significar dominadores ou manipuladores do povo.

Lembra da expressão bíblica: "por avareza farão de vós comércio?"

O poder, a autoridade eclesiástica é o nicolaísmo, extremamente abominável e nojento para o Altíssimo.

O ancião Pedro em 1ª Pedro 5 deixou duas coisas bem claras aos irmaõs responsáveis pelo povo:

- não façam nada por dinheiro

- não dominem o povo (não obriguem)

Tudo deve ser espontâneo e voluntário.

A escadinha pirâmidal evangélica vem da fraca reforma protestante que manteve a estrutura do clero católico.

Em 1517 até uns 120 anos atrás só existiam: padre protestante e padre católico.

Herdaram do catolicismo o título proíbido de padre em Mateus 23:6 em diante. Vamos analisar:

Versículo 6: Principais lugares nas sinagogas (Tg 2 também fala sobre isso)

Versículo 7: E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi.

Versículo 8 ao 13: Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi (o título Rabi vem de Rabino, o líder do judaísmo e sinagogas. Note que o Messias está falando aos fariseus - judeus - mas para nós gentios e ex gentios, não havia cristianismo nem católico, nem protestante, portanto este título hoje equivale a "pastor e padre"), porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos (somos irmãos, nada mais que isso). E a ninguém na terra chameis vosso pai (padre e papa - antes de surgir o título "pastor" era padre protestante), porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis líderes (até 120 anos atrás não existiam esses títulos de hoje. Tudo começou com "reverendo" e depois "pastor", por fim "pastoras"), porque um só é o vosso Líder, que é o Messias. O maior dentre vós será vosso servo (os responsáveis pelos irmãos devem ser servos, servir o povo e não dominar o povo). E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.

Agora nós vamos dar uma passada na história com algumas observações importantes, e depois analisaremos cuidadosamente os contextos de Efésios 4, 1ª Coríntios 12, Romanos 13 e Hebreus 13, que são os mais usados para títulos denominacionais hoje.

O recente título de "pastor" é a figura fundamental da fé protestante. Ele é o chefe da cozinha, o cozinheiro e o lavador de pratos do cristianismo de hoje. Remova o "pastor" e o moderno cristianismo entra em colapso.

A palavra "pastores" aparece no NT:

E ele deu alguns como Apóstolos, alguns como profetas, alguns como evangelistas e alguns como PASTORES e professores (Efésios 4:11).

A palavra é usada no plural, ou seja, "pastores". Eles são plurais na igreja, não singulares. Assim, pois, não há qualquer suporte bíblico para a prática do "pastor único".

Não é uma profissão nem um cargo. Um ancião do século I nada tem a ver com o sentido especializado e profissional que veio a ter na moderna cristandade.

O homem caído tem a necessidade de se espelhar em outro homem, de confiar em um super-homem e admirá-lo e até idolatrá-lo. Este desejo está em nosso sangue. Ela sempre é marcada por um treinamento especial, uma roupa especial, um vocabulário distinto e uma maneira de vida singular. Em todas as religiões e sistemas de coisas do mundo existem líderes venerados. Mas o Messias foi claro: "Mas, vós não sereis assim - ou - entre vós não deve ser assim", ou seja, entre nós não deve ter ninguém melhor ou maior. No mundo sim, tem hierarquia, mas entre nós não.

No A.T. a primeira vez que isso aconteceu foi no tempo de Moisés. Dois servos de Yahu (D'us), Eldad e Medad, receberam o Espírito e começaram a profetizar. Imediatamente um jovem fanático alertou Moisés para contê-los! Moisés reprovou o jovem repressor dizendo que todo o povo de Adonai pode profetizar. Moisés colocou-se contra o espírito clerical que tentou controlar o Yahudim (podo de Adonai). Nós o vemos novamente quando Moisés subiu ao Monte Horebe. O povo queria que Moisés fosse o mediador físico entre ele e o Criador. Pois eles temiam uma relação direta com o Todo Poderoso. Já no N.T. na epístola de João, um homem chamado Diótrefes, queria ser o melhor de todos na Igreja.

A Origem do Bispo Soberano

Até o século II a Igreja não teve nenhuma liderança oficial. Eram grupos que estudavam as Escrituras sem sacerdote, templo ou sacrifício. Os anciões que haviam (homens experientes no evangelho e de boa reputação, escolhidos pela Igreja por seus dons para edificação do Corpo) eram mortos brutamente, a ponto que a maioria deles eram escribas, isto é, viviam escrevendo vários rolos de pergaminhos no intuito de secretamente proteger os irmaõs, ensinar, exortar e registrar a história. As coisas funcionaram assim até Inácio de Antioquia (35-107 d.C.) entrar em cena. Inácio foi a primeira figura da história da "igreja" a dar o primeiro passo no escorregadio e decadente caminho da fixação de um líder único na congregação. Pode-se atribuir a ele a gênese do cargo de pastor e da hierarquia na igreja moderna. Inácio elevou um dos anciãos acima dos demais. O ancião promovido era agora chamado de "o Bispo". Todas as responsabilidades que pertenceram ao colegiado de anciões eram exercidas pelo Bispo. Em 107 d.C., Inácio escreveu uma série de cartas enquanto seguia para Roma antes de ser martirizado. Seis de suas sete cartas tratavam do mesmo tema. Estavam carregadas de uma exaltação exagerada à autoridade e à importância da posição do Bispo.

De Ancião e presbítero a Sacerdote

Apareceu Cipriano de Cartago (200-258 d.C.). Ele era ex-orador pagão e mestre de retórica. Com sua influência Cipriano abriu a porta para ressuscitar as práticas do Velho Testamento, dos sacerdotes, templos, altares e sacrifícios. Os Bispos começaram a ser chamados "sacerdotes". Prontamente o conjunto de Bispos e presbíteros foi chamado de "clero". Depois do Concílio de Nicéia (Horebe) (325 d.C.), os Bispos passaram a delegar a responsabilidade da Ceia aos presbíteros. Os presbíteros não eram mais que representantes do Bispo, exercendo a autoridade deles em suas "igrejas". Aí tudo virou de ponta cabeça. Da mesma forma que Tertuliano (160-225) e Hipólito (170-236) antes dele, Cipriano utilizava o termo sacerdote para descrever os presbíteros e Bispos. E na época Medieval católica esta idéia aumentou ainda mais o abismo entre clero e leigo. O que estava faltando para paganizar de vez era uma pitadinha de influência cultural grega com a hierarquia humana e o ministério de oficiais. Tornaram a "igreja" em uma instituição. Eventualmente, o Bispo de Roma recebeu a máxima autoridade e finalmente evoluiu ao "Papa". Assim, pois, entre os anos 100 e 300 d.C., a liderança da Igreja adotou o governo romano como modelo.

Depois do caminho da vaidade pronto, veio Constantino no século IV e organizou a "igreja" em dioceses segundo o modelo dos distritos regionais romanos, aliás, o termo "diocese" se referia às maiores unidades administrativas do Império Romano.

Constantino e a exaltação do Clero

Entre 313 e 325 d.C. o cristianismo deixou de ser uma religião arredia lutando para sobreviver ao governo romano. Agora tomava o sol do imperialismo, com grande quantidade de dinheiro, posição e estima.

Constantino exaltava o clero. No ano 313 d.C., ele deu ao clero cristão a isenção de impostos - algo que os sacerdotes pagãos tradicionalmente desfrutavam. O clero também se viu isento de serviços públicos obrigatórios e outros deveres cívicos. Constantino foi o primeiro a usar as palavras "clérigo" e "clero" para destacar uma classe social mais elevada. Os "bispos" comprados pelo poder do sistema político-religioso começaram a vestir-se com a roupa dos mandatários romanos. Isso te lembra alguma coisa hoje prezado aluno?

Foi aí que começou o nepotismo, proselitismo cristão, ordenações de sacerdotes por interesses e etc.

Agostinho (293-373) ensinou que a ordenação de um "bispo" era de "um caráter definitivo e irremovível" que o capacita no cumprimento de suas funções sacerdotais!

A fraca Reforma

Eles atacaram a idéia de que o sacerdote possuía poderes especiais para converter vinho em sangue. Eles rechaçaram a sucessão Apostólica. Eles incentivaram o clero a casar-se. Eles revisaram a liturgia para que a congregação tivesse mais participação. Eles também eliminaram a posição do "bispo" e reduziram o "sacerdote" à condição de presbítero, mas infelizmente os reformadores continuaram com a distinção católica entre o leigo e o clero, bem como a ideia da ordenação, a regra do Bispo único, e o título de padre prostestante.

Em suma, os Reformadores preservaram a idéia da ordenação como chave do poder na igreja.

De sacerdote a "pastor"

João Calvino não gostava de aplicar a palavra "sacerdote" aos ministros. Ele preferia o termo "pastor". Segundo a mente de Calvino, "pastor" era a palavra mais elevada que poderia existir no que tange ao ministério. Zwinglio e Martin Bucer (1491-1551) também preferiram a palavra "pastor". Mas, neste período eles ainda usavam "bispo" "presbítero" "padre protestante". Foi apenas no século XVIII que o termo "reverendo" e depois "pastor" chegou a ser usado frequentemente, que depois tornou-se "pregador", "ministro", "bispa", "apóstolo", "pastora", "apóstola", "profeta", "pastor presidente", "pastor Dr.", "conferencista", "diaconisa", "patriarca", e assim vai, vocês sabem.

Todas estas características explicam como e por que o "pastor" é tratado como elite... Como um cristão especial... Alguém que merece ser reverenciado (daí o título "Reverendo"). O pastor e seu púlpito são a parte central da adoração protestante.

Explicando Romanos 13, 1ª Coríntios 12, Efésios 4 e Hebreus 17

Existem pelo menos três adjetivos que o sistema religioso inventou para refutar os que saem ou são ameaça para eles: desviado, rebelde e ladrão.

Os três são malignos.

Desviado é um termo que só aparece nas últimas linhas da carta de Tiago referindo-se nitidamente aos desviados da Verdade, ou seja, do Messias.

Não existe "desviado da igreja", é repugnante essa expressão.

Rebelde é um termo oriundo de retaliações e punições divinas no V.T., como aqueles que se levantaram contra a autoridade de Moisés e que Adonai os tragou vivos. Para essa expressão muito é usado o capítulo treze de Romanos. Isso é de uma maldade sem tamanho.

Primeiro que nunca leram 2ª Co 3, pois ainda estão na letra (Velho Testamento - estudaremos isso mais adiante), e a letra mata. Moisés? Sim, era o povo judeu, era lei, não havia o Nosso Mediador, e Moisés foi escolhido para uma missão específica. E não pense, como já citamos aqui nesta aula, que Moisés dominou o povo. Ele só fazia o que Adonai mandava diretamente com voz de trovão.

Romanos 13

Hoje não existe autoridade humana espiritual concedida. Romanos 13 está falando de autoridade social. Paulo como bom imitador do Messias está repetindo em outras palavras a frase do Salvador: "dai a Cesar o que é de Cesar, dai a Deus o que é de Deus".

Ele está tratando das leis da Terra, dos homens, e do sistema deste mundo. Dizendo que devemos obedecer as autoridades e leis da Terra desde que claro não nos impeçam de pregar o Evangelho, pois aí vem a frase de Pedro: "Importa obedecer a D'us e não aos homens".

Romanos 13 está tratando de autoridades militares, políticas, jurídicas e empresariais.

Mas nada tem a ver com religião, menos ainda com o Evangelho.

Alguém deve estar perguntando, e o que significa: "Dai a Deus o que é de Deus?"

Aquele que serve o próximo, o necessitado, o pobre, este serve a Adonai. Dar a Deus não é dízimo, nem tão pouco oferta.

É só fazer o paralelo:

- Cesar: mundo, política e impostos

- Deus: cristãos, Reino e ajuda aos pobres

Voltando a falar sobre Romanos 13, no que diz respeito a fé, Paulo diz: "A ninguém devais coisa alguma a não ser o amor".

Entendeu agora?

Como pode ele estar falando de líderanças religiosas se no contexto ele diz isso "A ninguém devais coisa alguma".

Porque no que diz respeito a fé, ao evangelho, ao cristianismo ele diz: "Aquele que ama seu irmão obedece a lei de Adonai, e as leis dos homens".

E daí vem os absurdos: "Se você não obedecer a autoridade espiritual você vai morrer!".

Prevejo circulos religiosos comentarem este texto dizendo que eu vou morrer por ter falado do seu "pastor-ídolo", "padre-ídolo" ou "deusa-denominação".

Lembre-se que Paulo (Shaul em hebraico) significa "pequeno". Ele serviu a Igreja, ele foi o menor. Ele imitou o Messias, e nós devemos o imitar.

A ICAR por sua vez comete dois clássicos erros:

- ela foi a primeira "igreja" ( a ICAR só surgiu na boca de Constantino no primeiro concílio romano, aproximadamente 4 séculos depois)

- Pedro foi o primeiro "papa" (O Messias disse que sobre esta pedra ele edificaria UMA Igreja. Acontece que no original o termo ali utilizado é "petra" que significa rocha sólida, forte, inabalável. Lembra do salmista Davi no Salmo 40 dizendo "Tirou-me de um lago horrível de um lodo, e firmou os meus pés sobre a Rocha", pois bem, a Rocha é o próprio Messias. Ele estava falando do Seu Corpo, Sua Igreja, do qual Ele é a Cabeça. O nome de Pedro (Kefa) vem de "petros", rocha pequena, pedregulho, pedregal, pedrisco, pedra que rola, pedra de rio, pedra que é atirada por mãos, como aquela que Davi atingiu Golias. Então o Messias dizia que Ele iria fundar a Sua Igreja em Seu próprio Corpo, sendo o verdadeiro Templo, a única Igreja, e única Congregação.

Basta aos católicos lerem atentamente 1ª Pedro 2, onde o próprio diz: "Nós somos pedras pequenas e vivas, que juntas formamos um único edifício, mas Ele, o Messias é a Pedra angular, Pedra de esquina".

Lembre-se portanto que Pedro (Kefa em hebraico) significa pedra pequena, pedra viva, ou seja, apenas uma pedra do enorme edifício chamado Igreja.

1ª Coríntios 12

Assim como Pedro disse que somos pedras, tijolos vivos da Casa de D'us espiritual, Paulo vai tratar desse assunto em 1ª Co 12 de forma semelhante.

Shaul (Paulo) fala que nós somos membros de UM mesmo Corpo, que é a Igreja, e a Cabeça deste Corpo é o Messias e não Pedro como dizem os católicos.

No texto fala que assim como um corpo humano tem muitos membros e todos são importantes, assim também todos nós somos iguais e importantes para a Igreja.

Hoje no sistema religioso a coisa está tão equivocada que Paulo diz neste contexto aos irmãos que não tem dons, que são pessoas mais simples, e menos talentosas, humanamente falando, devem ser honradas. E quem deve fazer isso são justamente os que possuem muitos dons.

O que vemos no cenário atual? Simplesmente o oposto. Quem sabe falar, tem boa dicção, oratória, toca instrumentos musicais, canta, entre outros dons, é ovacionado, honrado e exaltado. Quem tem pouco talento é desprezado e jogado ao léo das naves templárias "cristãs".

Efésios 4

Não tem como falar de 1ª Co 12 sem abordar ao mesmo tempo o contexto de Efésios 4.

Há muitas aulas atrás alguém já está se perguntando, mas a bíblia fala de "pastores", com fica isso?

Vamos fazer uma análise baseada na semântica do texto. Vou negritar o que realmente importa para entendimento do que Paulo está tratando:

Efésios 4: Sejam completamente humildes e dóceis (já começa muito bem), e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só D'us e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos e em todos. E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida pelo Messias (repartida aqui refere-se aos dons que Ele dá a cada um). Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens (dons são presentes de graça, dádivas, e não títulos religiosos. Se você canta, toca, fala bem, não venda isso, porque recebeu de graça)". Que significa "Ele subiu", senão que também descera às profundezas da terra? Aquele que desceu é O mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de encher todas as coisas. E Ele deu (Ele separou, escolheu, deu de graça, deu o que? Deu dons aos homens) uns para apóstolos (aqueles que são enviados ao campo missionário - eles estão em primeiro na lista de dons, porque é a preempção do Reino, isto é, levar o Evangelho a todas as gentes), outros para profetas (em 1ª Co 14 diz que todos podem profetizar "profethuo" que significa falar a Palavra ou dirigir a Palavra à Igreja - hoje chamados de pregadores), outros para evangelistas(evangelizam com eloquência, conseguem persuadir muitas pessoas com a pregação do Evangelho), e outros para pastores (nos originais é "hegeomai" os guias, geralmente são os anciões) e professores (que ensinam e doutrinam a Igreja com dedicação), com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo do Messias seja edificado (para que são esses dons, e não títulos? Primeiro para edificação do Corpo e segundo para obra do ministério - ministério em sua raiz significa: serviço, trabalho e não ser visto e ser lembrado). Até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Adonai, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude do Salvador (os dons também são, em terceiro lugar para unidade do Corpo, atingindo a maturidade cristã. E por último e quarto lugar, para crescimento dos meninos na fé). O propósito (propósito dos dons é para isso e não para outro fim) é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo Naquele que é a cabeça, o Ungido. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função (função para edificação e não título, cargo, profissão e etc.).

Na mesma carta, um capítulo antes, Ef 3:2 diz: Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de D'us. (ou seja, ter dom de apóstolo é responsabilidade e não outra coisa).

Ef 3:7 diz: Deste me tornei ministro (aquele que trabalha) pelo dom (presente) da graça de Deus, a mim concedida pela operação de seu poder.

Ef 3:8 diz: Embora eu seja o menor dos menores dentre todos os santos (olha só o contexto emanado de humildade), foi-me concedida (ele ganhou de graça, por isso não pode vender o evangelho) esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis riquezas do Messias.

1ª Tss 5:11 ao 13 diz: Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros, como de fato vocês estão fazendo. Agora lhes pedimos, irmãos, que tenham consideração(não é obedecer como diz as péssimas traduções bíblicas adulteradas que favorecem o sistema religioso) para com os que se esforçam no trabalho entre vocês (ter respeito, consideração pelo trabalho que fazem), são responsáveis por vocês e os aconselham (aconselhar não é mandar ou dominar). Tenham eles com grande estima, com amor, por causa do trabalho deles. Vivam em paz uns com os outros (Respeito, consideração, estima e amor por aqueles que com seus dons recebidos gratuitamente do Pai, trabalham para edificação do Corpo).

O que existem na Igreja então?

Funções: diáconos e presbíteros (anciões).

Diáconos em Atos 6 foram eleitos pela Igreja e não pelo "líder", para substituir o trabalho das viúvas. Diácono também não é título, são apenas auxiliares, servidores, servintes, que servem o povo. Inclusive em Atos eles serviam literalmente as mesas nas refeições de amor.

Existem diversos tipos de escadinhas de hierarquias eclesiásticas. Uma das mais conhecidas é:

- Mundano, congregado, novo convertido, membro antigo, cooperador, diácono, presbítero, evangelista, "pastor", "pastor de campo", "pastor estadual", "pastor vice-presidente", "pastor presidente" e assim por diante.

Copiou a mãe Católica:

- Não católicos, leigos, catequisados, coroinhas, diáconos, "padre e bispo", arcebispo, o título de 'Dom fulano de tal', cardeais, "papa".

É claro que com poder e dinheiro conseguem prender uma grande classe de aspirantes sonhadores com altos títulos no mais alto escalão religioso.

Hoje tem coisas absurdas como: levitas (de onde tiraram isso? Somos Igreja e não Israel. São cabeças de pedra conforme 2ª Co 3), cantores gospel renomados e famosos, "pastores e padres" que são políticos e etc.

Isso sem falar na departamentalizaçao. Líderes de células, de Departamentos denominacionais, de Círculo de Oração, Maestros, Regentes, e etc.

De modo que o Espírito Santo chega na banda alguém diz: "Aqui não, somos musicólogos da Orquestra Sinfônica Estadual, formados em Belas Artes e etc.".

O Espírito Santo chega no "pseudo altar" alguém diz: "Aqui não, somos teólogos, palestrantes, capelões, presidentes e conferencistas".

E assim por diante...

Voltando a escada pentecostal: meus irmãos aprendam, cooperador é todo aquele que ajuda, copera. Qualquer um pode ser cooperador, auxiliar. Geralmente os Apóstolos tinham cooperadores, como é o caso de Filemom que ajudava Paulo. Eles ajudam, apenas isso, não são futuros "pastores". Eles podem sim receber do Salvador dons descritos em Efésios 4, mas uma coisa não está ligada a outra.

Da mesma forma, diáconos não são futuros presbíteros necessariamente. Isto é invenção do sistema. Para se ter uma ideia Filipe que está na lista de Atos 6, também aparece em Atos 21:8 "E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele." pelo escritor Lucas como evangelista. Como pode alguém ser diácono e evangelista ao mesmo tempo?

Simples, tudo hoje está errado no que diz respeito a organização de funções.

Diácono e Ancião são funções de ordem para as reuniões e a comunidade cristã local.

"Pastores, Apóstolos, Profetas, Professores", e outros (veremos na sequência o contexto de 1ª Co 12) são dons.

Isto é, um diácono pode ser evangelista, como no caso de Filipe. Mas não com título de diácono, nem tão pouco título de evangelista, com crachá exclusivo, cadastro de membro especial, broche ou qualquer outra honra humana e mundana.

Alguém pode perguntar: "Se não é título então por que Filipe é citado como evangelista?" Lucas está registrando, escrevendo a história, ele faz o mesmo com o profeta Ágabo. Ele está indicando qual é o dom da pessoa para facilitar o entendimento. A prova disso é que nenhum deles era chamado por um título. Exemplo: você nunca vai ver alguém dizendo "O pastor Pedro falou", ou, "Chamou o pastor Pedro". O dom é colocado em algumas passagens para identificação dos primeiros responsáveis pela Igreja no primeiro século.

A quem mais é dado mais será cobrado. Tenha certeza disso. Se almejar ser responsável (episcopado) é bom, mas requer muita responsabilidade e seriedade.

São aqueles que ganham mais flores, mas também levam mais pedradas (Irmão Moabel).

Em 1ª Tm 5:17 ao 20: Os anciões que são responsáveis pela Igreja são dignos de dupla honra (isto é, deve se respeitar duas vezes aquele que é responsável pelas reuniões e organização da Igreja local), especialmente aqueles cujo trabalho (obreiro é trabalhar, não é ficar parado com ar condicionado tercerizando o serviço para aspirantes) é a pregação e o ensino (o ancião deve ser apto para falar do Evangelho, defender o Evangelho e deve saber ensinar muito bem. Ele tem dom de evangelista e/ou de profeta portanto), pois a Escritura diz: "Não amordace o boi enquanto está debulhando o cereal", e "o trabalhador merece respeito (o trabalhador do Evangelho deve seguir o exemplo de Paulo, tendo profissão e não sendo pesado a nenhum irmão. Entretanto ele merece respeito e sustento: comida para comer, roupa para vestir e lugar para dormir".

Com relação ao duplo respeito, ainda diz: "Não aceite acusação contra um ancião, se não for apoiada por duas ou três testemunhas." (Paulo provavelmente escreveu isso para colocar ordem, de forma que os responsáveis pela edificação da Igreja não fossem caluniados por qualquer pessoa maldosa e mal intencionada)

Como já citamos em várias aulas anteriores, segue agora um importante capítulo bíblico de Pedro, o primeiro ancião da Igreja do Messias: "Portanto, apelo para os anciões que há entre vocês, e o faço na qualidade de ancião como eles e testemunha dos sofrimentos do Messias, como alguém que participará da glória a ser revelada: Guiem (alimentem, ensinem) o rebanho de Adonai que está aos seus cuidados (vocês são responsáveis). Olhem por ele, não por obrigação (não façam isso por salário ou por lei religiosa), mas de livre vontade, como D'us quer. Não façam isso por ganância (no original, vide Bíblia Original em nosso portal é: não façam nada por dinheiro), mas com o desejo de servir (servir é servir!). Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados (lembra do nicolaísmo? Não devem dominar o povo, tratando-os como filhotes de sabiá, como vaquinhas de presépios eletrônicos que só podem concordar e nunca discordar - os bereanos que examinam nas Escrituras são tido como rebeldes e desviados - só pode dizer amém - tratam o povo como massa de manobra. São verdadeiros alienadores.), mas como exemplos para o rebanho (você não manda em ninguém, você é espelho, exemplo, modelo para o rebanho. Lembre-se que a Igreja é quem escolhia os presbíteros e os diáconos, e todos deviam ter caráter, sendo irrepreensíveis, com exímia reputação). Quando se manifestar o Supremo Pastor (Joao 10, este sim é o Único Pastor), vocês receberão a imperecível coroa da glória (a recompensa não é aqui, é na eternidade). Da mesma forma jovens, aprendam com os mais velhos (aqui também aplica-se anciões, isto é, os jovens devem aprender com os anciões). Sejam todos humildes uns para com os outros, porque D'us se opõe aos orgulhosos (ser responsável não é motivo de orgulho, mas de seriedade e retidão), mas concede graça aos humildes. Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de D'us, para que Ele os exalte no tempo devido (Ele exalta, e não o homem. Ganhar um título não é ser exaltado por Adonai. Ser convidado para pregar em um famoso congresso não é ser exaltado pelo Eterno)." (1ª Pe 5:1 ao 6)

Agora para finalizar de forma resumida a questão dos títulos vamos para 1ª Co 12:

Ora, vocês são o corpo do Messias, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo. Assim, na Igreja, Adonai estabeleceu primeiramente apóstolos (lembra de Ef 4 onde aprendemos que a preempção do Salvador é a pregação do Evangelho para o mundo todo? Novamente Paulo destaca os "enviados ao campo missionário" como mais importante dom para edificação da Igreja); em segundo lugar, profetas (pregadores - lembre-se que agora no N.T. todos podem profetizar - 1ª Co 14:31 - escrito na mesma carta à Igreja que se reunia em Corinto); em terceiro lugar, mestres (professores que ensinam os mais novos até que estejam aptos a andarem sozinhos); depois os que realizam milagres (se fosse título e não dom, então chamaríamos estes de 'milagreiros' ou 'curandeiros' quem sabe?), os que têm dom de curar, os que têm dom de prestar ajuda (hospitaleiros - se fosse título este seria o que menos pessoas almejariam. O negócio é falar línguas que não edificam, o negócio é profetizar e inovar, aparecer, falar no microfone - dons que ajudam pessoas para quê?), os que têm dons de administração (organizam, auxiliam, dão ideias e fazem os encontros e missões acontecerem) e os que falam diversas línguas (o termo aqui dirige-se a idiomas para pregação a todas as gentes, e não reteté). No final Paulo fecha dizendo: "Entretanto, busquem com dedicação os melhores dons. Passo agora a mostrar-lhes um caminho ainda mais excelente." (O capítulo mais excelente da Bíblia. Mais do que qualquer dom. Mais do que aprender falar outro idioma. Mais do que organizar, ajudar, pregar, e ir ao campo missionário. O amor é sem vaidade. O amor não ensoberbece, o amor é a essência principal da fé cristã.)

Hebreus 13:17

Faltou o versículo isolado que o sistema religioso adora: "Obedecei vossos pastores". E agora?

Vamos lá analisar novamente o contexto todo:

Sejam vossos costumes sem avareza (começou bem, refutando os que fazem tudo por dinheiro), contentando-vos com o que tendes (teologia da prosperidade é maligna); porque Ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Criador é O meu Ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem. Lembrai-vos (peraí... A própria tradução que estou usando aqui no "curso" que é bem adulterada está entrando em contradição percebe? No versículo 17 diz "obedecei" e aqui diz "lembrai", tem algo errado não é? Vamos adiante...) dos vossos guias (hegeomai - irmãos responsáveis que trabalham arduamente para edificação do Corpo), que vos falaram a palavra do Salvador (pregam e ensinam), a fé dos quais imitai (mais uma contradição na maioria das traduções católicas e protestantes - imitar e lembrar não é obedecer - é bem diferente), atentando (atentar, outro verbo bem diferente de obedecer) para a sua maneira de viver.

(...)

Continua o texto de Hebreus até que chega em: E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada. Obedecei (errado! Coloquei aqui a tradução errada para vocês verem a incoerência do contexto. Veja boas traduções bíblicas e analise. Veja a Bíblia Original em nosso portal - o termo correto é: IMITAI, ATENTAI, OBSERVAI, APRENDEI com vossos guias - responsáveis pela vossa fé até que possais andar sozinhos) a vossos guias (hegeomais), e aprendei com eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas (são responsáveis pela edificação, unidade e crescimento do Corpo); para que o façam com alegria e não gemendo (devem fazer livremente, sem dinheiro, sem pressão, sem dogmas, sem leis denominacionais), porque isso não vos seria útil. Orai por nós, porque confiamos que temos boa consciência, como aqueles que em tudo querem portar-se honestamente. (Hb 13:5 ao 18)

Unção com óleo de "pastores": é outra prática totalmente velho-testamentária. Voltaram a letra, costuraram o véu, inventam coisas para prender o povo e atrair multidões.

Nada disso é doutrina neo-testamentária para Igreja do Messias.

© 2017 Empresa. Avenida Pasteur 520, Rio de Janeiro 04719-001
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora