MÓDULO 7 - A OFERTA É BÍBLICA? É CRISTÃ?

O gazofilácio. Sabe o que era? Era uma caixa de madeira com um buraco na tampa, posta à mão direita de quem entrava no pátio do templo, onde se lançavam ofertas em dinheiro. Não foi ordenada por Moisés. É uma invenção do rei Joás com o sacerdote Joiada [II Reis 12, II Crônicas 24]. No tempo do Salvador, havia uma à entrada do templo também [Lucas 21, João 8].

Não seria possível pôr nela o cereal, nem o vinho, nem o azeite. Muito menos gado.

Se o templo agora é corpo do Messias (João 2:18 ao 23) claro que o gazofilácio agora não são mais ofertas, mas coletas para os pobres como descrito em 2ª Co 8 e 9 (falaremos sobre isso mais a frente).

Na relação das ofertas, que seriam lançadas no gazofilácio, não consta o dízimo, apenas a taxa pessoal ou imposto, o regate de pessoas [Êxodo 30] e de primogênitos de animais imundos, a quinta parte (20%) dada em resgate de alguma coisa [Levítico 27], e ofertas voluntárias.

O dízimo e a oferta obrigatórios representam opressão aos pobres. Esquecemos que os dízimos e ofertas originais que Deus estabeleceu para Israel era para beneficiar aos pobres, não para prejudicá-los!

Recorde as moedas da viúva: "Quando Jesus estava no templo, observava os ricos colocarem suas ofertas na caixa de ofertas. Foi quando uma viúva pobre pôs somente duas moedinhas de cobre. 'Realmente', comentou Ele, 'esta viúva pobre deu mais do que todos os outros juntos. Pois eles deram um pouco do que não precisam, porém ela, pobre como é, deu tudo o que tem".

Eles criaram uma estrutura religiosa pagã e caríssima, com sedes, filiais espalhadas pelo mundo todo, verdadeiras empresas eclesiásticas e seus profissionais de marketing gospel como pirâmides financeiras imitam a voz, a linguagem e os gestos dos seus líderes.

Conclusão

Embora os dízimos e as ofertas sejam bíblicos, não são cristão. O Messias tornou o templo de pedras em pedras vivas de carne que somos nós, e juntos formamos o único Templo, o único Edifício, a saber, a Igreja, e com isso a nossa oferta e sacrifícios agora são um "culto de adoração" ao Criador (Rm 12) com nossos corpos, através do nosso testemunho diário em devoção, santidade, humildade e principalmente, servindo a Adonai através da ajuda ao próximo.

No N.T. só existem coletas e doações para os pobres, e sobre isso falaremos no próximo capitulo.

Os cristãos do século I não davam ofertas nem tão pouco dízimos. E por cerca de 300 anos o povo de Deus não o praticou. Dizimar não foi uma prática aceita em grande escala entre os cristãos até o século VIII.

O ato da coleta no NT era segundo a capacidade de cada um, e tinha destino certo: os pobres.

O dízimo é mencionado apenas quatro vezes no NT. Mas nenhuma destas quatro ocorrências se refere a cristãos.

Definitivamente, o dízimo pertence ao VT onde um sistema de tributação foi estabelecido para apoiar aos pobres e onde havia um sacerdócio especial separado para ministrar ao Criador.

Com a vinda do Messias, houve uma "mudança na lei" - o antigo acordo foi "cancelado" e "posto de lado" dando lugar a um novo. Agora, todos somos sacerdotes - livres para funcionar na casa de Adonai. A Lei, o velho sacerdócio, o dízimo, todos foram crucificados. Agora não há cortina do templo, nem imposto do templo, e não há um sacerdócio especial que se coloca entre o Eterno e o homem. Você, querido cristão, foi libertado da atadura do dízimo e da obrigação de apoiar o sistema do clero.

Ora, se não existem dízimos e ofertas para os cristãos da Igreja, então seremos mão de vaca? Punho fechado? Criticos parados sem fazer nada? De maneira nenhuma!

A Igreja tem sim: coleta para pobres. E é sobre essa temática que falaremos adiante.


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