MÓDULO 2 - POR QUE SAIR DO SISTEMA RELIGIOSO?

 De onde vem a liturgia do culto protestante? Esta tem suas raízes principais na Missa Católica. A Missa saiu do antigo Judaísmo e do paganismo. Segundo o famoso historiador Will Durant, a Missa Católica foi "baseada em parte no culto do Templo Judaico, e em parte nos místicos rituais de purificação dos gregos, o sacrifício substituto, e a participação...". Gregório O Grande (540-604) é o homem mais responsável pela formação da Missa Medieval. A Missa Medieval refletia a mente de seu padre, Gregório. Foi uma combinação de rituais pagãos e judaicos borrifados com teologia católica e vocabulário cristão. Ele escreveu, "a mente grega, moribunda, teve uma sobrevida na teologia e liturgia da igreja; o idioma grego, após reinar por séculos sobre a filosofia, chegou a ser o veículo da literatura e do ritual cristão; o misticismo grego foi passado adiante pelo impressionante misticismo da Missa". Com efeito, a Missa Católica que se desenvolveu do século IV até o século VI foi essencialmente pagã. Os cristãos copiaram as vestimentas dos sacerdotes pagãos, o uso do incenso e da água benta nos ritos de purificação, a queima de velas durante a adoração, a arquitetura da basílica romana em seus edifícios de 'igreja', a lei romana com o base da "lei canônica", o título Pontifex Máximus (Sumo Pontífice) para o 'Bispo' principal, e os rituais pagãos para a Missa. Mas essa água parada da liturgia experimentou sua primeira revisão quando Martinho Lutero entrou em cena (1483-1546). No ano de 1520, Lutero lançou uma violenta campanha contra a Missa Católica Romana. O ponto culminante da Missa sempre foi a Eucaristia, também conhecida como "Comunhão", "Ceia do Senhor" ou "Santa Ceia". Tudo é direcionado para o momento mágico quando o sacerdote parte o pão e o distribui para as pessoas. Da perspectiva da mente católica Medieval, oferecer a Eucaristia era Jesus Cristo se sacrificando novamente. Desde Gregório o Grande (540-604) a 'igreja católica' ensinava que O Messias é novamente sacrificado através da Missa. No culto de adoração dos protestantes modernos o púlpito é o elemento central e não a mesa do altar. Lutero recebe o crédito por fazer com que o sermão seja o ponto culminante do culto protestante. Ou seja, a liturgia de Gregório e de Lutero são praticamente a mesma coisa. Já Calvino e João Knox alongaram o formato litúrgico. Estes homens criaram suas próprias ordens de adoração ou liturgias entre os anos 1537 e 1562. A mais notável foi a coleta de dinheiro após o sermão. Como Lutero, Calvino enfatizou a centralidade da pregação durante o culto de adoração. Pelo fato dos instrumentos musicais não serem mencionados explicitamente no NT, Calvino eliminou o órgão e os coros. Todo cântico era entoado sem instrumentos (a capela). Já os Puritanos, que foram os Calvinistas da Inglaterra, adotaram um rigoroso biblicismo e aderiram a uma estrita liturgia do NT, mas o esforço puritano em restaurar a reunião neotestamentária da igreja fracassou dramaticamente. O abandono das vestes clericais, ídolos, ornamentos e o clero escrevendo seus próprios sermões (em vez de ler homilias) foi uma contribuição positiva que os puritanos nos legaram. Vale a pena notar que em algumas reuniões dos Puritanos, aos leigos era permitido falar ao final do culto. Os Metodistas proporcionaram uma dimensão emocional à ordem de adoração protestante. A congregação foi convidada a cantar com força, vigor e fervor. Desta maneira, os Metodistas foram os precursores dos Pentecostais. Aí veio a influência de D. L. Moody trouxe as sementes do "evangelho revivalista" que foram espalhadas através do mundo ocidental. Ele focava em um ponto central: a salvação do pecador. Todos os demais fins eram secundários. Para Moody, a igreja era simplesmente uma associação voluntária para os salvos. Até que chegaram os Pentecostais que trouxeram uma expressão mais emotiva através dos cânticos entoados pela congregação. Estes incluíam mãos levantadas, danças entre os bancos, bater palmas, falar em línguas e o uso de pandeiros. Enfim, em toda história cristã, percebe-se que o Protestantismo seguiu o caminho da sinagoga ao colocar o livro no centro de seus cultos. Lamentavelmente, nem o catolicismo nem o Protestantismo tiveram êxito em colocar o Salvador no centro de suas reuniões.

Então por que sair do sistema religioso? Porque a reforma foi importante mas não restaurou a mensagem do Evangelho tendo o Salvador como assunto único e principal. Ele está chamando o Seu povo para fora em Ap 18:4 e Jo 10:4. Ele promete ir adiante das Suas ovelhas e guiá-las como único Pastor. Quem permanece no sistema religioso conhecendo a verdade comete pecado. Paulo diz em Rm 14 que tudo que é segundo a consciência pode ser pecado, ou seja, se você não sabia, pode ser que não será cobrado, mas uma vez que aprendeu o certo, a verdade opera em sua consciência e então não obedecer a voz e o chamamento da verdade comete pecado, e pior que isso, será cúmplice, conivente, participante de seus pecados. Que pecados? Os erros que a 'igreja prostituta' comete. E você fazendo parte dessa multidão religiosa poderá ser tido como culpado pelo crime da cumplicidade, isto é, dizer amém e fazer vista grossa aos graves erros do sistema.

Ninguém deve sair do sistema religioso por ira, raiva, vingança, divisões ou frustração por não ter conseguido alguma posição hierárquica. Se fizer isso, comete pecado. A liberdade é para ser vivida com responsabilidade. Nenhuma condenação há mais para nós, estamos livres no Messias, mas não usaremos da liberdade para dar lugar à carne (Gl 5:13). Então, só saia do sistema religioso quando entender COMPLETAMENTE o Evangelho!

Agora que já temos uma boa ideia do que é sistema religioso, vamos aprender sobre o que é a Igreja.


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