MÓDULO 15 - BATISMO E CEIA (REFEIÇÃO) DE AMOR

Como prometido nas aulas anteriores falaremos sobre esses dois atos da Igreja que não são assuntos secundários, são primários, porque possuem elevada importância para o Corpo do Messias, porém a forma com que os círculos religiosos tratam esse tema fez com que nós colocássemos como secundário.

Batismo:

Batismo no Espírito Santo e o nas águas X Ef. 4:5 (há um só batismo).

BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E BATISMO NAS ÁGUAS, SALVAÇÃO POR GRAÇA E NÃO POR OBRAS

Para a maioria dos crentes em Cristo existem 2 batismos, o batismo nas águas e o batismo no Espírito Santo e que muitos acham que o primeiro é alcançado através de um mergulho em uma piscina dentro de uma Igreja ou um rio e que o segundo é um dom de Deus que só alguns crentes conseguem receber, que "só os mais fortes conseguem ter o batismo no Espírito Santo" como disse um Pastor bem conhecido na mídia uma vez.

Mas porque em Efésios 4:5 diz que há um só batismo? Já vamos chegar lá. Se os dois batismos, o do Espírito Santo e o nas águas, tivessem valor, nesse versículo estaria escrito "Existem 2 batismos".

Mas na verdade está escrito que existe um só batismo, ou seja, só um dos batismos possui valor. Seria o batismo nas águas ou o batismo no Espírito Santo?

Se na Bíblia é citado dois tipos de batismo, porque nesse versículo diz que há um só batismo? Qual seria o batismo certo? Um batismo é certo e o outro é errado? Talvez você esteja com todas essas dúvidas e muito outras em sua mente, por isso continue lendo esse artigo, no decorrer dele você terá a resposta para todas essas dúvidas.

Primeiramente, vamos falar sobre o batismo nas águas e suas características.

Em nenhum versículo de todo o Antigo Pacto, do livro de Gênesis a Malaquias, você verá a expressão "batismo nas águas". Em nenhuma parte diz que a salvação vem pelo batismo nas águas.

Então, de onde originou-se o batismo nas águas? Originou-se da tribo dos Essênios, onde João Batista fazia parte dela. Mas porque essa tribo judaica fazia o batismo com água? Eles faziam isso para arrependimento dos pecados.

Lucas 3:3

E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados;

Lembrando que nesse tempo em que João Batista batizava com água, ainda não existia o Novo Pacto, ainda não existia a Nova Aliança que é a Graça de Deus, porque Cristo ainda não tinha cumprido a lei (Cristo cumpriu a lei na cruz do calvário).

Ou seja, João Batista era um judeu e nesse tempo que ele batizava era o tempo da lei, o Antigo Pacto, a Antiga Aliança, que é a Aliança onde o povo vivia de sacrifícios, de obras carnais para se justificar, onde é diferente da Nova Aliança, o Novo Pacto, que é a Aliança onde vivemos por fé, por graça e não mais por obras.

Efésios 2:8,9

8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

9 não de obras, para que ninguém se glorie.

Veja na imagem abaixo uma explicação para entender melhor sobre onde começa o Novo Pacto:

*Como não tem espaço para colocar todos os livros do AT e NT, foram colocados alguns livros de cada pacto.

Livro de Mateus, Marcos, Lucas e João: São 4 livros históricos, onde é narrado a passagem de Cristo na terra e o cumprimento da lei, Cristo nos dias de sua carne, ninguém era chamado de cristão, não existiam Igrejas, Jesus era judeu na carne.

Livro de Atos em diante (todos os outros livros depois de Atos): Começo da Nova Aliança, Evangelho da Graça, salvação por fé e não mais por obras, O Cristo ressuscitado e não mais o da carne, onde aqueles que seguiam a Cristo foram chamados pela primeira vez de cristãos, onde surgiram as primeiras Igrejas.

Na Bíblia Sagrada a narrativa bíblica está separado de Gênesis a Malaquias como o Antigo Pacto e de Mateus a Apocalipse como o Novo Pacto. Cristo cumpre a lei no decorrer dos 4 primeiros livros (Mateus, Marcos, Lucas e João, mais precisamente no final de cada livro), nesses 4 primeiros livros ainda predominava a lei, o Antigo Pacto (porque a lei ainda não estava cumprida), no livro de Atos começa a Nova Aliança, o Novo Pacto que é a Graça de Deus, a salvação pela fé e não mais por obras, neste livro Cristo já havia cumprido a lei na cruz e ressuscitado.

Como está na imagem acima, a Nova Aliança, o Novo Pacto começa no livro de Atos. Aqui começa a vida pela fé, a salvação por fé e não mais por obras.

Nos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João, existia o batismo nas águas para arrependimento, Cristo se batizou para cumprir toda a lei, (cumprir o Antigo Pacto).

Próprio Cristo não tinha pecados, Ele não se batizou para perdão de pecados ou arrependimentos porque Ele mesmo não tinha pecados, Ele se batizou para cumprir a lei, este sacrifício fazia parte de outros sacrifícios que Cristo tinha que fazer para cumprir a lei.

Mateus 3:13,14,15

13 Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse.

14 Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?

15 Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu.

*cumprir toda a justiça = cumprir a lei.

Mateus 5:17

Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.

Depois de se batizar nas águas, ficar 40 dias no deserto jejuando e outros sacrifícios até o último deles que é a morte na cruz do calvário, derramando o seu sangue na cruz, Cristo cumpre toda a lei, dando lugar para a Nova Aliança, onde Jesus revela o Novo Pacto, a Graça de Deus, a Paulo (as 14 epístolas paulinas, o Evangelho aos gentios predestinados).

Em Atos em diante, com a lei cumprida por Cristo, começa o Novo Pacto. Na Nova Aliança não é mais válido os sacrifícios judaicos (jejuns, batismo nas águas...), não tem mais valor os rituais judaicos. Aqui começa a salvação pela fé em Cristo.

Veja um exemplo claríssimo em relação a isso: 2 versículos que falam como se dá a salvação, um deles foi escrito antes de Cristo cumprir a lei e o outro foi escrito depois que Cristo cumpriu a lei, foi escrito quando já não existia mais o Antigo Pacto, mas o Novo Pacto:

Quem crer e for batizado será salvo = Antiga Aliança, batismo nas águas (obra da carne)

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé = Nova Aliança, batismo no Espírito Santo, quem tem o dom da fé, quem conhece a graça de Deus, já possui o Espírito Santo, ou seja, o batismo no Espírito Santo.

Por isso está escrito em Efésios 4:5 que existe um só batismo, que é o do Espírito Santo, porque o batismo nas águas fazia parte da lei, era um sacrifício praticado pelos judeus, mais especificamente pela tribo dos Essênios e Cristo o fez justamente para cumprir a lei, para que ninguém mais tivesse que fazer o mesmo.

Efésios 4:5

há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;

Só é válido hoje o batismo no Espírito Santo, o batismo nas águas não tem nenhum valor para Deus, o batismo nas águas só molha a carne, é uma obra da carne, e obras carnais não fazem parte da Nova Aliança, do Evangelho da Graça.

Efésios 2:9

9 não de obras, para que ninguém se glorie.

Gálatas 2:16

sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.

O batismo nas águas faz parte das obras da lei. Quando uma pessoa se batiza nas águas, ela está dizendo de certa forma: "Cristo, você não completou a obra na cruz do calvário, o seu sangue derramado na cruz não tem valor para mim, por isso vou me batizar nas águas, vou fazer essa obra da lei para completar o que o Senhor não completou".

Não caia no erro "se Cristo se batizou nas águas eu também tenho que me batizar", Ele se batizou para cumprir a lei, Ele fez isso para que não precisássemos mais nos batizar, para que não precisássemos mais fazer as obras da lei, as obras da carne.

Todos que creem em Cristo e o recebem como seu Senhor e Salvador, já possuem o Espírito Santo, ou seja, o batismo no Espírito Santo, porque ninguém crê em Cristo e em sua palavra e o busca e pratica a sua palavra, se não tiver selado com o Espírito Santo.

1 Coríntios 12:3

Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo.

1 Coríntios 2:14

Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.

O homem natural que são as pessoas que não são salvas, não aceitam a palavra de Deus, porque elas não possuem o Espírito Santo em suas vidas. As coisas lá do alto, a palavra de Deus se discerne espiritualmente, ou seja, só quem possui o Espírito Santo (o batismo no Espírito Santo) discerne, entende, a palavra de Deus, nós crentes em Cristo entendemos a palavra de Deus, entendemos que há um só caminho, porque temos batismo no Espírito Santo.

Ceia de Amor (Refeição)

Ceia é um termo que nos originais significa 'refeição' ou 'jantar'. Hoje os pentecostais participam de uma Ceia totalmente equivocada. Vejamos as heresias:

- Santa Ceia: (esta expressão é católica romana, não existe 'santa-ceia') A ceia é um jantar e não é santa. Santos são os que partipam dela em comunhão.

- Transubstanciação: Acredita-se que após o sacerdote orar pelos elementos (no caso da ICAR o Padre ora pela hóstia - pois como vimos na história do paganismo cristão, que de um tempo para cá o vinho é só para os sacerdotes) a hóstia ou o pão se transforma no Corpo de 'Cristo', não podendo então os fiéis católicos mastigá-la, deixando ela suavemente derreter na boca.

- Consubstanciação: Acredita-se que após o padre protestante orar pelos elementos, eles não se transformam no Corpo e no sangue de 'Cristo', mas o Corpo e o sangue passam a estar COM os elementos.

Verdade: Nem transubstanciação, nem consubstanciação, tudo isso são dogmas religiosos e humanos. A oração feita é para dar 'charis', graças ao Pai pelos alimentos. E também não adianta orar: "Coloque pão na mesa dos famintos Senhor..." - Quem tem de fazer isso somos nós.

- Figuralogistas: Acreditam que a Ceia e o Batismo são espirituais. Sobre isso, em nosso canal temos bons vídeos. É bem verdade que fomos batizados em Sua morte, é bem verdade que a Ceia é espiritual, pois a ênfase agora é no partir do Pão (1ª Co 10 - todos somos pedacinhos deste mesmo Pão - Corpo) e não no comer, entretanto os atos evidenciam a fé. Quando o eunuco foi batizado em alguma água por Filipe, foi água mesmo, e não água espiritual. Nós somos sim lavados pela Palavra, e nossa Ceia é sim refeição de amor (Judas 1:12 - banquetes de amor), mas a Igreja se reunia e comia sim, veja:

E, perseverando unânimes todos os dias no pátio do templo (era como uma praça no centro da cidade, onde todos vendiam, compravam, comiam, se encontravam. Passava muita gente ali, e era uma oportunidade única de pregar o Evangelho), e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração (At 2:46)

E, depois dos dias dos pães ázimos, (não foi nos dias, foi depois dos dias) navegamos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles a Trôade, onde estivemos sete dias. E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão (em um domingo se ajuntaram para partir o pão - a ênfase no partir, partilhar, compartilhar, comunhão - koinonia), Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite (prática da preleção do Evangelho e da refeição de amor. Foi uma longa ceia). E havia muitas luzes no cenáculo (reunidos como Igreja em um cenáculo emprestado - como se fosse um salão de festas hoje) onde estavam juntos. (At 20:6 ao 9)

Então dizer que a Ceia é apenas espiritual é errado. É claro que se nos reunirmos e partirmos o pão em comunhão e amor, preocupando-se com os domésticos na fé que não tem o que comer, o que vestir, e com os que estão na rua, hospitais, asilos, orfanatos e nas praças sofrendo, e não chegarmos a comer o pão literalmente, já ceamos diante de Adonai. Claro que, ninguém vai partir um pão, orar ao Pai agradecendo pelo pão de cada dia e deixar de comê-lo. Quando o Salvador disse: "não comereis da Minha carne a não bebereis do Meu sangue até que o Reino venha", ali era páscoa, para circuncidados israelitas. Hoje a circuncisão é espiritual, bem como a Páscoa não é para nós. Ele veio para judeus e falou para os judeus.

A Ceia (refeição) é para a Igreja, o que a Páscoa é para Israel.

Se a Páscoa representa a saída do Egito, para Igreja representa a saída do mundo, 'chamados para fora'.

Na páscoa judaica, ou ceia judaica temos:

- cordeiro assado: os sacrifícios para perdão dos pecados

- ervas amargas: a amargura que sofreram

- água com sal (salmoura): lembram as lágrimas que o povo de Israel derramou

- vinho: o sangue

- pães asmos: o corpo sem pecado, pois o fermento representa o pecado

Biblicamente sem sombra de dúvida e sem entrar em assuntos secundários, o certo é:

- lavapés: era um bom costume judaico, pode ser feito hoje ou não. Não é compulsório, pois não é dogma. É apenas um sinal de humildade e comunhão.

- vinho ou suco de uva: verdadeiramente era vinho, em todos os originais isso está claro. Mas é uma questão nunca resolvida. Chegou separar a Assembleia de D'us da CCB, prova que isso é secundário

- pão asmo ou pão fermentado: pão asmo é o certo, pois o fermento representa o pecado, mas também não há uma regra bíblica clara para que isso seja mandamento

No contexto de 1ª Co 10 fica claro que os elementos principais para Refeição de Amor na Igreja são: pão e vinho.

Quem tem problema com bebidas alcóolicas deve beber suco de uva (Romanos 14).

No Amazonas alguns indíos participavam da ceia com mandioca e água.

O que importa é o ato evidenciando a fé no Messias.

Vamos mais adiante analisar semânticamente o contexto de 1ª Co 11, versículo a versículo.

O compositor pentecostal que escreveu o hino 301 da Harpa Cristã entendia do que é Ceia, mas quem canta ela hoje nas reuniões solenes parece não entender. Leia as estrófes:

'Cristo já nos preparou

Um manjar que nos comprou,

E, agora, nos convida a cear:

Com celestial maná (referência ao alimento do V.T.)

Que de graça D'us te dá,

Vem, faminto, tua alma saciar.

"Vem cear", o Mestre chama - "vem cear".

Mesmo hoje tu te podes saciar;

Poucos pães multiplicou (milagre da multiplicação dos pães foi uma ceia religiosa? Foi sim uma verdadeira ceia bíblica: refeição!),

Água em vinho transformou, (aqui era uma festa de casamento, também uma refeição)

Vem, faminto, a J'sus, "vem cear".

Eis discípulos a voltar,

Sem os peixes apanhar,

Mas J'sus os manda outra vez partir,

Ao tornar à praia, então,

Vêem no fogo peixe e pão,

E J'sus, que os convida à ceia vir. (Em João 21 o próprio Mestre prepara uma Ceia)

(continua)

Ceia não é ritual, não é mitraísmo, não é sacramento, é uma refeição de amor e comunhão entre irmãos que são membros do Corpo do Messias, e sentam a mesa do Messias.

A Igreja estava sempre junto as mesas. Paulo e o próprio Messias, estavam sempre comendo. As refeições tinham conotação de amizade, amor, carinho e uma boa oportunidade para dialogar.

Hoje, muitas famílias que compõe a Igreja não sentam mais à mesa. Filhos que vão para o quarto jogar video-game, filhas que vão assistir novela, e famílias que não ceiam mais unidas. Nem se quer existe oração de agradecimento antes das refeições.

A Igreja precisa voltar à mesa. A Igreja é composta de casais e famílias. "Quem não governa bem sua casa, como poderá ser responsável na Igreja?" - exatamente isso, as ceias de amor precisam começar em casa com dois, três ou mais reunidos no Nome do Messias.

Mesa do Senhor, nosso Messias

Ora, entender o sentido de Ceia é simples. Lembra da Ceia de natal, e da Ceia de Páscoa? (ambas festas pagãs)

No seu aspecto prático, a Ceia do Senhor é celebrada na Mesa do Senhor (1ª Co 10.21) que é, por sua vez, cuidada por homens comuns e fracos como nós, mas que o fazem com a autoridade dada pelo próprio Senhor e Salvador.

Na ceia, algum irmão, que sentir em seu coração, se levanta e, dirigindose à mesa, dá graças pelo pão e, partindo-o, dá-o aos irmãos com auxílio dos diáconos (servidores, servintes, auxiliares - conforme Atos 6, serviam as mesas). Lembre-se que é o maior é aquele que serve seus irmãos.

A Ceia tem pelo menos 4 própositos:

1 - Koinonia, comunhão

2 - Charis, agradecimento pela graça que veio do sangue de nosso Salvador

3 - Divulgar sua morte para que todos vejam este ato, e através desta ação de graças - 'Eucaristia' - 'eu + charis' - possam ter o desejo também de participar como membros deste Corpo

4 - Superar as diferenças e alimentar os pobres.

Quem pode celebrar a ceia ágape (amor maior)?

Se houver um ancião, que seja ele, pelos dons que o Pai lhe deu. Não havendo um ancião reconhecido pelos irmãos da região, pode ser qualquer pessoa que esteja com uma vida irrepreensível diante de todos e que é membro do Corpo (Igreja).

Sobre vinho: não havia vinho "não alcoólico" na época, pois a única maneira de se guardar o suco de uva é pela pasteurização ou então pela fermentação. Como Pasteur ainda não havia nascido, o processo era da fermentação. Seria muita ingenuidade acreditarmos que onde fala vinho devemos ler suco de uvas, pois se fosse assim, teríamos que ler Efésios 5.18 "não vos embriagueis com o suco de uva", o que não faz sentido.

Quando o Senhor fala vinho, é vinho mesmo. Evidentemente de uma qualidade diferente ou mesmo com um diferente teor alcoólico do vinho que conhecemos, e isto se deve à qualidade da uva e ao processo empregado na época para a fermentação. Mas mesmo que fosse tudo diferente, ainda assim a fermentação do açúcar contido na uva produz alcool.

O vinho era fermentado em odres, recipientes formados por pele de animais com seus orifícios fechados. A pele era enchida com o suco de uva e deixado a fermentar. Com a fermentação, e a consequente produção de gás, a pele se dilatava aumentando de tamanho, dando a entender que o suco já havia fermentado. A pele só podia ser utilizada uma vez para fermentar o vinho pois perdia sua elasticidade. Esta é a razão do Salvador dizer que vinho novo devia ser colocado em odres novos, caso contrário o odre se romperia.

Qualquer crente pode participar da ceia de amor?

Todo membro do Corpo do Messias tem o seu lugar à mesa do Senhor e Salvador.

O pão e o vinho são apenas símbolos, mas não meros símbolos, pois representam algo precioso ao coração de qualquer crente. Não se pode ter em mente que a ceia é um meio de fortificação da fé, recebimento de bênção ou que tem poder de cura.

Conclusão sobre a Ceia de Amor com análise do texto de 1ª Co 11:

Mas se alguém quiser fazer polêmica a esse respeito, nós não temos esse costume (costume aqui é relacionado às polêmicas. Pessoas que tem o costume de fazer contenda e ficar em assuntos secundários como a questão do cabelo.), nem as igrejas de Deus (as pessoas que se reúnem em diversas partes do mundo como Igreja). Entretanto, nisto que lhes vou dizer não os elogio (uma ceia de amor que só tem desamor não é motivo para elogios), pois as reuniões de vocês mais fazem mal do que bem. (não entendiam o sentido primário e principal da Ceia) Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês (como pode ser uma ceia de amor se tem divisões?), e até certo ponto eu o creio. Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados. Quando vocês se reúnem como igreja, não é para comer a ceia do Senhor e Salvador, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. (de fato os irmãos de Corinto estavam comendo as suas próprias ceias físicas, e não a Ceia do Senhor e Salvador que é primeiramente espiritual, de comunhão, de amor, partindo o pão e não pensando só em comer. Sentar para comer não tem valor nenhum. Nós precisamos primeiro entender a ceia espiritual e depois a ceia física que é apenas para comunhão) Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga (o verbo grego aqui é "methuo", que significa encher a barriga. Portanto a ceia não é um calicizinho de vinho e uma hóstia gospel - pedacinho de pão - a ceia é para encher a barriga, estar farto, mas não pode acontecer de na Ceia de Amor irmãos que tem condições financeiras sentarem em uma mesa à parte com todo tipo de comida, e lá no canto irmãos pobres sendo desprezados e com meia dúzia de pães secos. Era melhor que sentassem entendendo o verdadeiro sentido da ceia espiritual e não comessem, do que sentar, comer e não viver o amor, que é o motivo real da eucaristia). Será que vocês não têm casa onde comer e beber? (aqui está a maior prova que a Ceia que Paulo está tratando é primeiramente espiritual. Ou seja, querem comer fisicamente façam isso em casa e não em um lugar reunidos como Igreja. Partir o pão físico em comunhão nas casas vem como consequência do primeiro entendimento) Ou desprezam a igreja de D'us e humilham os que nada têm? (humilhar irmãos pobres, como diz em Tiago 2, é um pecado comum no meio evangélico. Acepção de pessoas. Julgam pela roupa, pelo carro, pela aparência, pelo poder social, uma vergonha!) Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não! Pois recebi do Senhor e Salvador o que também lhes entreguei (como Paulo recebeu isso? Por revelação. Tudo que diz respeito à Igreja, o Messias revelou a Paulo): que o Senhor J'sus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: "Isto (isto, e não 'este') é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim". (Em 1ª Co 15:3 Paulo também utiliza essa expressão 'o que também recebi do Messias' - isso é, por revelação, recebeu o Evangelho) Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim". Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor e Salvador até que Ele venha. (Comer e beber primeiramente tem um significado espiritual. Note que Paulo diz: "deste pão", como pode o pão da Ceia do Messias estar ali fisicamente? Claro que não, "deste pão" se refere ao Corpo do Salvador, se refere ao Evangelho, Sua Palavra. Paulo não estava em Corinto, ele estava escrevendo uma carta, então o pão não estava ali) Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor e Salvador. (indignamente é se sentar na mesa do Senhor e Salvador só para comer, trazendo sua própria ceia, desprezando os pobres, e tornando aquele jantar em uma reunião de glutões carnais) Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor e Salvador, come e bebe para sua própria condenação. (E também não se pode sentar só para comer, porque o objetivo é partir, partilhar, dividir e não comer) Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram (já morreram porque participaram da mesa do Salvador em pecado, isto é, em acepção de pessoas, com mágoas, ou pecados para morte). Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo. Quando, porém, somos julgados pelo Senhor e Salvador, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. (é melhor sermos repreendidos por Adonai em vida do que sermos condenados com o mundo) Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. Se alguém estiver com fome, coma em casa, (porque não é para comer, é sim 'partir', comer é consequência. E se comer é para ser "methuo", isto é, 'comer até ficar satisfeito', mas com a consciência de que nada ali é santo, e o que realmente importa são os santos que estão ali, muitas vezes passando fome ou passando frio, precisando de ajuda e amor) para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes darei instruções. (1ª Co 11:16 ao 34)

A Ceia espiritual

Ceia é jantar. A primeira é espiritual, e a segunda como consequência, é física.

Em Ap 3:20 existe uma Ceia que o Salvador quer comer com todos nós, e esta é espiritual. A casa neste versículo descrita, não é uma casa literal, é sua vida, em sua pessoa prezado Leitor! Abrir a porta para o Messias é aceitar a Sua Palavra.

João 4:34 fala muito claramente sobre a Ceia espiritual.

Quando se entender o real sentido da Ceia, aí sim você pode sentar à mesa e comer fisicamente como consequência. Quando entender que o principal é 'partir', aí sim se pode 'comer'.


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